"Os seres humanos nascem ignorantes, mas são necessários anos de escolaridade para torná-los estúpidos."

George Bernard Shaw, dramaturgo irlandês (1856-1950)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Falta de comprometimento com a questão ambiental em Ilha Solteira

Freqüentemente, deparamos com algumas situações, em nosso ambiente urbano, que nos causam um certo mal-estar, revolta e chateação. São ausências de planejamento e gerenciamento ambiental e outros descasos com a questão ambiental, atitudes produzidas por comportamentos inadequados de alguns seres humanos portadores de desajuste dos mais diversos tipos e origens. De qualquer forma, atitudes infames, repugnantes, torpes, inusitadas, bizarras, inesperadas, incompreensíveis, convivem com as outras mais convenientes e convencionais em um amálgama variável e inevitável da convivência em sociedades humanas. Essas manifestações, em sua maior parte, são os próprios produtos emergidos das entranhas dos sistemas em que estamos inseridos, processos e modelos adotados pelo homem, muitos dos quais permitem o acesso de poucos aos seus benefícios e submetem muitos aos seus custos. Exemplos deste comportamento podem ser visualizados na cidade de Ilha Solteira e foi o que aconteceu neste mês de abril.

Em 20 de setembro de 2009 houve o plantio de árvores em comemoração ao dia da Árvore na proximidade do Córrego Sem Nome, este evento foi realizado em todo o Estado de São Paulo e organizado pela ONG Brasil Eco planetário. Em Ilha Solteira foi realizado com o apoio da Câmara Municipal e a participação de entidades, escolas e empresas. Foi um dia de cidadania, comprometimento das entidades com o Meio Ambiente e um pouco de marketing, onde usam o ambiente como plano de fundo para benefício próprio. Passaram-se sete meses e as espécies arbóreas nativas plantadas foram destruídas pela própria prefeitura, transgredindo o artigo 49 da Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98).

De acordo com os dados do Plano Diretor (2007) o município de Ilha Solteira apresenta uma área de 649 km2, apenas 1% (7 km2) ainda conserva suas características originais e considerando que 20% do total da áreas deveriam ter sua cobertura vegetal recomposta. Sendo assim, a Prefeitura Municipal de Ilha Solteira tem uma grande missão, recompor uma área total de 124 km2 de áreas de recomposição florestal de espécies nativas e não destruir o que foi plantado.

Na edição do Jornal da Ilha do dia 21 de abril, o diretor de Agronegócio, Pesca e Meio Ambiente, João Oliveira Machado declarou que é contrário ao plantio de mudas no córrego Sem-Nome, afirmando que naquele local não existe córrego. Infelizmente, o diretor desconhece sobre o assunto e não devemos digladiar esse pobre coitado com os seus atos, mais do que isso, devemos lembrar que ele é parte de sistema corporativista e foi colocado nesta condição com finalidades e utilidades bem definidas e não aquelas que envolvem comprometimento ambiental e soluções socioambientais.

As preocupações em relação ao meio ambiente devem ser de todos e outra dica é que não se restrinjam a plantar árvores e distribuir mudas com logomarcas de grandes empresas, mas sim, que essas mesmas instituições públicas e privadas (Usinas, UNESP, CESP, Prefeitura Municipal e ONGs) juntamente com organizações populares possam chegar a um consenso das reais necessidades da população e que projetos e políticas públicas com incentivos de empresas locais possam trabalhar em prol de um desenvolvimento local que traga saúde, qualidade de vida , educação, cultura e geração de prosperidade.

Tudo isso mostra o descaso dos gestores e administradores deste município e a falta de comprometimento com meio Ambiente, que sempre fica em segundo plano. Mudanças de paradigmas não ocorrem de um dia para outro, mas precisamos caminhar em um caminho diferente, belo e possível.

Para finalizar, deixo um comentário feito por Miller (1975) em seu decálago da ação individual e que serve para a população Ilhense. – segundo ele acentuava que "não fazer nada, porque não se pode mudar tudo o que está mal, é uma atitude irresponsável". Quando uma coisa muda, o todo também começa a mudar .

Fonte: Por Renato A. M. Franco
Jornal da Ilha - quarta-feira, 28 de abril de 2010 A-08

terça-feira, 27 de abril de 2010

Sindicância vai apurar se árvores foram cortadas

ILHA SOLTEIRA- O prefeito de Ilha Solteira determinou abertura de sindicância para esclarecer sobre a limpeza de uma área de matagal próxima ao Jardim Aeroporto, onde também há informações de que se plantou há sete meses, árvores nativas para reflorestamento.

Nesse fim de semana, o prefeito Edson Gomes compareceu ao local por duas vezes, inclusive na companhia de alguns vereadores.

A visita foi acompanhada do diretor municipal de Agronegócio e Meio Ambiente e da engenheira agrônoma da Prefeitura.

O prefeito determinou que a Comissão de Sindicância encaminhe, inclusive, a apuração técnica do fato e que se houver necessidade, contrate uma perícia para informar se no local haviam árvores , pois segundo ele, é preciso elaborar um laudo para se constatar se de fato ocorreu o que se noticiou pela imprensa.

Antônio José do Carmo

Visão- Assessoria de Imprensa

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Adélia esclarece sobre os cortes de árvores nativas realizado pela Prefeitura Municipal de Ilha Solteira

Figura 1. Foto obtida durante o plantio de árvore realizado no dia 20 de setembro de 2009.


A Engenheira Agrônoma da Casa da Agricultura (CATI) de Ilha Solteira, esclare sobre o corte de árvores realizado por alguns diretores da prefeitura municipal, abaixo o e-mail encaminhado:



Boa Noite Senhores e Senhoras Rotarianas ,


"Infelizmente o fato realmente aconteceu , assim como todos fui surpreendida pela noticia quando ainda estava na CETESB em Jales resolvendo problemas relativos aos passivos ambientais do Municipio . Realmente só acreditei quando no outro dia cedo estive no local e pude constatar visualmente a situação . Cerca de 600 espécies nativas foram totalmente suprimidas , esta roçagem foi feita com a ordem do Sr. Juvenil e executado por um tratorista pertencente ao seu quadro de funcionários. A alegação de que não se sabia da existencia das árvores não pode ser aceita de forma nenhuma , pois o evento foi amplamente divulgado e todos os diretores foram convidados. Ao longo dos útlimos meses as roçagens foram feitas pelo nosso tratorista , que estava no plantio , e até então não tinhamos tido nenhum problema a não ser em relação a dificuldade em conseguir com o Sr. joão de Oliveira Machado a liberação do funcionário para executar o serviço. As arvores, pelo menos as pioneiras , estavam com pelo menos 1,80 metros de altura ( tenho fotos ) , ou seja , a visualização das espécies era nitida . Não tenho palavras que possam descrever o meu sentimento em relação ao fato, ainda mais quando os verdadeiros culpados não são apontados e a culpa recai sobre o corpo técnico por ser o mais óbvio. Ja enviei um relatório ao Sr Prefeito cobrando providências, porém, não tenho idéia de como se possa reparar os danos causados ao meio ambiente e também em relação a credibilidade da comunidade em relação as ações ambientais promovidas pela administração. So me resta pedir desculpas a todos aqueles que participaram do evento e que assim como eu estão revoltados, mas isto não me fará desistir , pelo contrário , só me fará ir em frente cada vez mais."
Atenciosamente


Helena Adélia da Silva Sales
Eng. Agr. da Casa da Agricultura - CATI

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Diretor é contra plantio de árvores em "córrego"

O diretor municipal de Agrongócio, Pesca e Meio Ambiente, João Oliveira Machado, comentou na manhã de ontem a denúncia do vereador Washington Aparecido Cestari (PDT) sobre as mudas plantadas durante ato ecológico que foram cortadas como mato, localizadas próximas ao Córrego Sem Nome, no jardim Aeroporto. Matéria sobre o assunto foi publicada pelo Jornal da Ilha em sua última edição de sábado.

Ao JI, Jõao disse ser contrário ao plantio de mudas naquele local, por considerar que ali não existe córrego e, por este motivo, não deveria reflorestamento naquela área. "Se não é córrego não precisa plantar árvore". O diretor disse ainda que esta é sua posição pessoal pessoal, pois a área onde foi feito o plnatio no ato ecológico foi indicada por profissionais do setor de meio ambiente da própria prefeitura.

O diretor afirmou ainda que esteve no local juntamente com o vereador Cestari e notou que havia apenas duas mudas danificadas. Segundo ele, alguns moradores, que não concordam com o plantio de árvores no local, teriam arrancado as mudas anteriormente a roçagem. "Não foi cuidado. Quem plantou tinha que cuidar. Quem planta tem que cuidar da manutenção", argumento o diretor de Agronegócios e Meio Ambiente.

João continua defedendo a idéia que o chamado córrego sem nome deve ser canalizado, por ser uma área de escoamento de águas pluviais, como existe em outros oitos ou nove pontos da cidade, como ele mesmo citou.

João reiterou suas críticas sobre o local escolhido para o plantio. "Você sai lá da sua casa para plantar árvore na frente da minha casa e não cuida. Por mim não plantaria ali". João disse ainda que, se existima mudas no local, agora elas irão brotar. caso contrário, ficará provado que foram arrancadas. "Quando eu plantou, eu cuido', finalizou.

Fonte: Jornal da Ilha, A-05, 21 de Abril de 2010

Opinião do Blog ILHA AMBIENTAL

Quando acabei de ler esta matéria publicada no Jornal da Ilha fiquei triste e estarrecido com as declarações do Diretor municipal de Agronegócio, Pesca e Meio Ambiente, João de Oliveira Machado.

Para aqueles que tem conhecimento e um pouco de bom senso nota que o diretor desconhece de muita coisa sobre as questões de gerenciamento e planejamento urbano e ambiental. Um verdadeiro mamulengo, manipulado pelo sistema e que realiza as suas funções de qualquer maneira, típico de cargo político.

Pesquisadores da UNESP de Ilha Solteira ficam "quebrando a cabeça", com projetos neste manancial, com investimento do governo federal através do CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento) para trazer melhorias ambientais para o local e bem estar para os moradores e se deparam com absurdos como esse pronuciado pelo grande diretor.

Então, dá para notar o despreparo deste diretor e posso afirmar que ele o "João" entende é de bicicleta, isso ele entende mesmo! Com a construção da ciclovia ele deve abandonar o cargo e abrir um nova bicicletária, como ele tinha no passado.


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Lixo depositado em local inadequado oferece risco a moradores do Cinturão Verde

A questão do lixo produzido nas cidades é, sem dúvida, um dos grandes problemas na maioria dos municípios brasileiros. Os altos custos de implantação e gerenciamento dos sistemas de coletas e tratamento de lixo têm levado ao fracasso muitas tentativas de equacionamento.

Na Estância Turística de Ilha Solteira, o equacionamento do lixo urbano em nosso município, na maioria dos casos, restringem-se à coleta do lixo doméstico, do lixo reciclado e também do lixo decorrente de limpezas de quintais e vias públicas. De acordo com o "projeto cidade sempre limpa" a cidade foi divida em setores e a cada dia do mês atende um determinado setor da cidade, uma tentativa de gerenciamento e atendimento aos moradores de Ilha Solteira. Entretanto a cidade continua sempre limpa e para onde vai o lixo do municipio?

O grande problema do lixo coletado na cidade é a sua disposição final e assume uma magnitude alarmante. Considerando apenas os resíduos urbanos e públicos, o que se percebe é uma ação generalizada das administrações públicas do município ao longo dos anos em apenas afastar das zonas urbanas o lixo coletado, depositando-o por vezes em locais absolutamente inadequados. Foi o que aconteceu em 2008 no Cinturão Verde, com a disposição do lixo em uma área próxima a duas propriedades e com o passar do tempo a prefeitura municipal aterrou o lixo de qualquer maneira e risco de contaminação do manancial e do lençol freático (Figura 1 e 2).

Figura1. Lixo depositado em local inadequado em 2008.

Figura 2. Lixo próximo as casas e risco de contaminação, esse lixo aterrado de forma inadequado.

Como sempre, é a comunidade que vai sofrer os maiores impactos ambientais, produzidos pela falta de seneamento dos resíduos domésticos e públicos, com o aumento de risco de contaminação.

A destinação final a céu aberto dos lixos gerados de varrição e limpeza de logradouros da cidade estão sendo depositados no Cinturão Verde, numa área próxima as propriedades rurais. E que em dias de feiras, a própria população ilhense compra e consome os produtos gerados nesta pequenas propriedades rurais do Cinturão Verde.

Figura 3. Localização do lixão, próximo a pequenas propriedades rurais do Cinturão Verde.

Pela imagem de satélite obtida em junho de 2006 e disponível no Google Earth o local já funcionava como área de disposição de lixo.

Em nossa cidade existe um aterro sanitário construido recentemente para receber o lixo doméstico, pois o antigo lixão funcionava de forma inadequada e foi desativado. Porém a disposição final do lixo obtido de limpeza pública de logradouros e vias públicas estão sendo depositados em local inadequado (Figura 4).

Figura 4. Deposição do lixo de forma inadequada, próximo ao Cinturão Verde.


Figura 5. Neste local observam-se lixos orgânicos e resíduos sólidos.

Na verdade, sabemos como resolver os nossos problemas ambientais; entretanto, falta de vontade política, em muitos casos, para a tomada de decisão que beneficiem o povo não acontece . Afinal, inaugurar sistemas de usinas que tratam o lixo com separação adequada e princípios ecológicos (reaproveitamento dos materiais e proteção ambiental) com atendimento aos objetivos sanitários e ser adequada à ordem socioeconômica local não rendem votos.

E alguns administradores, do alto da sua esperteza política, preferem inaugurar obras mais visíveis como a futura remodelagem do canteiro das Avenidas Brasil Norte e Sul, mesmo que menos importantes, ou muitas vezes, supérfluas.


Figura 6. Lixos são jogados diariamente neste local.


Além do lixo jogado, a presença de catadores neste local - denunciando os problemas sociais que a má gestão do lixo acarreta.

A participação de catadores na segregação informal do lixo, seja nas ruas ou nos vazadouros e aterros, é o ponto mais agudo e visível da relação do lixo com a questão social. Trata-se do elo perfeito entre o inservível – lixo – e a população marginalizada da sociedade que, no lixo, identifica o objeto a ser trabalhado na condução de sua estratégia de sobrevivência (MONTEIRO et al., 2001).

Figura 7. A chegada do lixo e a disposição em local inadequado, falta de compromentimento com as questões ambientais e acima de tudo o desrespeito com os próprios moradores do local.


A idéia de mostrar isso é estimular, a discussão, a busca de alternativas para a diminuição da produção do lixo, considerando-se os aspectos tecnológicos e comportamentais e além disso , a "abrir a cabeça" dos gestores políticos do nosso município sobre a questão do lixo em Ilha Solteira.

Bibliografia Consultada

Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos / José Henrique Penido Monteiro ...[et al.];coordenação técnica Victor Zular Zveibil. Rio de Janeiro: IBAM, 2001.

domingo, 18 de abril de 2010

Eucaliptos com a função de quebra-vento no antigo lixão são cortados

O antigo lixão de Ilha Solteira, localizado próximo a via de acesso as praias e ao Recanto da Águas, apresenta no seu entorno eucaliptos que foram plantados com a função de quebra-vento e melhoria estética da paisagem com consequente valorização do local, pois sem essas árvores o local ficaria mais degradado do que é (Figura 1).

Figura 1. Localização do antigo lixão

Um local que precisa de recuperação e planejamento ambiental urgente e não é o que esta acontecendo. Sempre ocorre queima neste local devido ao lixo que os moradores ilhenses jogam, transferindo o lixo de suas residencias para outros locais - deve desconhecer o programa "cidade sempre limpa".

Figura 2. Lixo jogado na via de acesso ao Recanto das Águas.

Além do lixo neste local, ocorrem outros problemas como o acumulo de água em períodos de chuva, pois o local sofreu alta compactação do solo durante a deposição do lixo e a água não infiltra no solo e a consequência é um solo saturado de água e que leva a morte dos eucaliptos.

Após a morte dos eucaliptos, ocasionados pela queima e a saturação do solo por água, estão cortando e retirando a madeira do local.

Figura 3. Eucaliptos plantados no entorno do antigo lixão.

Figura 4. Corte de eucalipto.

Isso é um fato curioso que esta acontecendo e qual a função do corte destes eucaliptos. Será que vão plantar outros eucaliptos neste local?

Figura 4. Corte de eucaliptos prontos para serem retirados.

Madeiras como essa retirada de um área que necessita de recuperação, será que vão ser usadas em fornos de padaria e carvão para churrascaria?

Figura 5. Corte de Eucaliptos no antigo lixão de Ilha Solteira.

Espero que esses corte e retirada de eucaliptos no entorno do antigo lixão seja para repor com espécies nativas e assim melhorar esse local degradado e o mais triste que existe pessoa que mora neste local.

Uma outra pergunta que intriga é: Sera que existe licença ambiental para a retirada deste eucalipto?



sábado, 17 de abril de 2010

O descaso com o Meio Ambiente está generalizado !

Recemente em Ilha Solteira, houve a destruição de árvores nativas realizado pela prefeitura municipal. Um ato de descaso com o Meio Ambiente e falta de comprometimento de determinados políticos com a questão ambiental e o desconhecimento sobre ciência.

Atitudes como essa não ocorrem só em Ilha Solteira, pelo jeito esta generalizado em nosso país e muito cuidado com as pessoas que não tem conhecimento sobre as questões ambientais.

A candita a presidencia da República, Dilma (PT) é um exemplo de pessoa que desconhecem das questões ambientais, ela própria afirma. Por esse motivo pense em quem vai votar!

Dê um olhada e ouve o absurdo que ela fala!


Carta de Esclarecimento da Engenheira Agronôma Adélia sobre a destruição das árvores nativas realizada pela própria prefeitura municipal

A Engenheira Agronôma da prefeitura municipal de Ilha Solteira, Helena Adélia da Silva Sales, esclare o fato ocorrido com a destruição das árvores nativas realizada pela própria prefeitura. O seu esclarecimento foi enviado por e-mail aos membros do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Ilha Solteira e tomei a liberdade em publicar no blog.

Figura 1. A Engenheira Agronôma Adélia da Prefeitura Municipal, no dia do plantio de árvores nativas.

"Infelizmente o fato realmente aconteceu e para mim o impacto foi muito maior , porque foi como se jogassem por terra todo o meu esforço para que pudessemos recuperar uma área degradada .

Alias só aconteceu porque tenho amigos , pois tive ajuda do Renato , João Henrique , Carlos da CESP e tantos outros que deixaram suas famílias num domingo de manhã para fazer o bem em prol do meio ambiente.

Este evento não teve apoio real da prefeitura , tanto que a unica diretora que participou foi a D. Cida Augusta , nem o meu diretor e o prefeito participaram , talvez por isto o descaso .

O pior é que fica a impressão que a área de meio ambiente , pela qual acabo respondendo tecnicamente , foi o culpado quando na verdade esta roçagem foi feita a pedido do Sr. juvenil porque o mato estava alto e os moradores pediram , mas segundo ele " vai dar problema não , ninguem liga " .

Desde que fizemos o plantio tenho brigado para que se faça a manutenção devida , acompanhei o desenvolvimento das espécies e várias já estavam com mais de 2 metros ( tenho fotos ) , infelizmente falo para as paredes. Espero realmente que as pessoas tomem conhecimento dos verdadeiros culpados e que estes sejam responsabilizados e que sejam obrigados a refazer o que destruiram . Ja providenciei um laudo sobre o fato em questão e vou encaminha-lo ao Sr. Prefeito cobrando providências, mas duvido que algo aconteça" .


terça-feira, 13 de abril de 2010

Plantio de árvores nativas realizado no Dia da Árvore é destruido pela Prefeitura Municipal

Em 20 de setembro de 2009 houve o plantio simultâneo de árvores em todo o Estado de São Paulo, para a comemoração do Dia da Árvore.

O projeto de plantio simultâneo foi idealizado pela ONG Brasil Eco planetário, e aqui em Ilha Solteira contou com o apoio da Câmara Municipal e coordenado pelo vereador Washington Cestari (Figura 1).

Figura 1. "Cestari comenta da importância do plantio de árvore para o município de Ilha Solteira".


Figura 2. Plantio de árvores em comemoração ao Dia da Árvore.

Em Ilha Solteira o plantio foi realizado no iníco do córrego Sem-nome, uma área preparada pela prefeitura municipal.

O plantio das árvores ocorreu às 10:00hs, contando com a participação de várias Entidades Filantrópicas e escolas municipais e estaduais.

Para maiores detalhes do dia do plantio acesse: http://irrigacao.blogspot.com/2009/09/plantio-de-arvores-em-ilha-solteira.html

Depois de setes meses as árvores foram destruidas pela Prefeitura Municipal, um ato de descaso com a iniciativa do plantio e falta de planejamento e gerenciamento da cidade.

Abaixo estão as imagens que comprovam a destruição:

Figura 3. Área que foi roçado pela prefeitura, dia 13 de abril de 2010.


Figura 4. Neste local foram plantas árvores nativas da região e todas foram destruidas.

Figura 5. Espécie nativa morta, gasto de dinheiro público!

Figura 6. Plantio foi realizado próximo a perimetral e início do córrego Sem-nome.





Filmagem do local.

A pergunta é: Existe comprometimento e planejamento ambiental nesta cidade e/ou brinca de faz de conta?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Praias Ilhense necessitam de diagnóstico e planejamento ambiental

Recentemente o Departamento de Turismo e Departamento de Agronegócios e Meio Ambiente providenciaram o plantio de 30 novas árvores, 20 coqueiros e 20 palmeiras.

Uma melhora paisagística para o local, entretanto as praias necessitam de ações técnicas, com conhecimento multidisciplinar e um diagnóstico ambiental detalhado.

A partir destes estudos são possíveis aos gestores (políticos) realizarem as tomadas de decisões necessárias ao gerenciamento e planejamento.

Abaixo, alguns problemas observados há várias gestões em nossas praias.

O uso inadequado de um trecho de praia (Figura 1), que se encontra degradado devido a falta de planejamento.

Nesta parte observa-se ao longo do tempo, a retirada do solo ocasionada pela ação da água, principalmente no período de cheia do reservatório que tem o aumento do volume de água, nesta situação não é mais possível a visitação deste local (Figura 2).


Figura 1. Vista panorâmica das praias Catarina e Marina e o uso inadequado de um trecho de praia.

Para conter esse processo erosivo e minimizar a ação da água, os Departamentos deveriam discutir soluções e a possível adoção de gabiões para conter a erosão. Isso é falta de vontade política e/ou dificuldade em encontrar soluções?

Figura 2. No período seco é possível observar os efeitos da ação da água no entorno da mata de Angico.

Um outro fator preocupante neste local é a entrada de automóveis que ocorre no período seco e início do verão. O problema é que os automóveis compactam o solo e dificultando a entrada de água.

Figura 3. Praia da Marina e ao fundo observa-se a presença de automóveis na proximidade da mata de Angico.


Figura 4. Ocupação desordenada de automóveis e risco para os próprios banhistas que ocupam esse local.


Uma medida sensata é proibir a entrada de automóveis, mas antes disso concientizar a população dos problemas ambientais existentes nas praias de Ilha Solteira. Para isso existe Educação Ambiental !

A mata de Angico é um remanescente florestal que necessita de manejo adequado, com enriquecimento de espécies arbóreas nativas e a criação de corredores ecológicos para a conexão da fauna com outros fragmentos existentes no entorno das praias (Figura 5).

Figura 5. A criação de corredores ecológicos para a conexão entre os fragmentos existentes, um pequeno exemplo a ser seguido.

A ação da água nas margens não fica retrito somente a mata de Angico. Na praia da Marina ocorre o mesmo processo erosivo (Figura 6).

Figura 6. Praia da Marina, processo erosivo acentuado e nenhuma medida tomada pelos departamentos municipais.

O ideal é recompor este trecho de praia com espécies nativas e a adoção de gabiões, para conter o processo erosivo e o fechamento desta passagem de acesso a praia Marina (Figura 7). Isso são medidas que já deveriam ser tomadas por parte dos gestores, será que falta vontade política e/ou despreparo técnico?

Figura 7. Estrada de acesso a praia Marina.

Os estudos ambientais surgiram, aproximadamente, nas três ultimas décadas, por causa do aumento da competição por terras, água, recursos energéticos e biológicos, isso gerou a necessidade de organizar o uso da terra, de compartibilizar esse uso com a proteção de ambientes ameaçados e de melhorar a qualidade de vida da sociedade.

Impôs-se como resposta adversa ao desenvolvimento tecnológico e capitalista, puramente materialista, buscando o desenvolvimento como um bem-estar humano, segundo as orientações do desenvovimento sustentável.

Então, os gestores (políticos X departamentos) devem reunir e organizar as informações prévias do ambiente (praias), com seus acertos e conflitos, dando origem aos diagnósticos e prognósticos chegando assim, a fase de síntese, que aplica os conhecimentos alcançados para apontar caminhos sustentáveis para um destino mais adequado e ambientalmente estável e justo para a população ilhense.

Pense nisto gestores!