A prefeitura municipal de Ilha Solteira afirmou na última quarta-feira, 19, que vai licitar a obra de revitalização da Avenida Brasil com a ciclovia no canteiro central (Jornal da Ilha, 22 de maio de 2010). Muitas discussões estão ocorrendo sobre esse projeto em Ilha Solteira, aqueles que são a favor de um planejamento adequado, com a participação da população e outros que querem que aconteça de qualquer forma a construção da ciclovia, sabendo ou não andar de bicicleta.
Boa parte das pessoas que estão participando deste projeto não conhece bem uma bicicleta, com exceção do professor Sergio Luis de Carvalho. A expansão das ciclovias é também uma forma de combater o aquecimento global, como comprovou o holandês Roel Massink, pesquisador da universidade de Twente na Holanda, que simulou a retirada das bicicletas das ruas e demonstrou a importâncias delas para a redução nas emissões de gás carbônico. Com o aumento progressivo das emissões de gases do efeito estufa nos países emergentes, parece óbvio que uma solução simples seria incentivar o planejamento cicloviário, uma forma barata e saudável de combater o trânsito nas grandes cidades.
Em Ilha Solteira, uma pequena cidade do interior paulista, a bicicleta tornou-se um assunto tão polêmico, construir ou não construir uma ciclovia. Uma questão de bom senso e/ou de interesses políticos para que a obra ocorra de qualquer forma, sem a participação da população ilhense.
Esqueceram também de consultar o "Manuel ou Mané" da bicicletaria sobre o projeto, a idéia é fazer da bicicletaria um biclicletário municipal e assim o Mané não perderia tempo guardando as bicicletas. Segundo o proprietário boa parte das bicicletas são de clientes que levaram para a manutenção e não buscaram as bicicletas após o conserto - assim ele alugaria pelo o uso das bicicletas e o tempo de guardá-las seria menor.
Primeiramente a bicicleta ilhense tem que ter status de veículo, pois ainda existem muitos obstáculos a serem superados para que a bicicletas possam se tornar as rainhas do sistema de transporte brasileiro. Em Ilha Solteira, a bicicleta é um veículo qualquer e desprezado por algumas pessoas e considerado como meio de transporte para pobre. De acordo com o pesquisador holandês Massink, concluiu que o uso de bicicletas em Bogotá representa uma redução nas emissões de 95 toneladas de dióxido de carbono diariamente ou 54 mil toneladas anualmente.
Entretanto, em Ilha Solteira não apresenta poluição e sim de desconhecimento sobre bicicletas, o essencial é reconhecer os usuários de bicicletas, consultar os ciclistas na hora de planejar os sistemas e perceber as suas necessidades, só assim novos usuários se sentirão aptos a entrar neste mundo da bike.
A mobilidade da bicicleta em ciclovia tem que ser planejada e não podem acontecer erros de má infra-estrutura, como postes no meio das pistas, buracos e descontinuidades, e duvido que quem projetou essa ciclovia ilhense tenha andado de bicicleta nesta cidade.
O planejamento é a chave de um futuro mais saudável, seguro e correto para a sociedade que realmente anseia por cidades funcionais, agradáveis e com baixas emissões de poluentes.
Para atitudes como essa consulte antes um ciclista, essa é a recomendação.
Um pouco de história da bicicleta
Fonte: Wikipedia
Cronologicamente, a invenção da bicicleta antecedeu aos motores a vapor e a explosão, além de ser considerada o "primeiro veículo mecânico" para o transporte individual. Porém, a verdadeira história de sua origem ainda é cercada de mitos e mistérios. Nos registros do Código Atlântico, coletânea de estudos e projetos do artista renascentista italiano Leonardo da Vinci, pode ser encontrado um dos primeiros desenhos da bicicleta e ainda estudos sobre transmissões por corrente que remetem ao final do século XV.
Dados mais precisos mostram que a bicicleta tem origem por volta do ano de 1790 quando o conde francês Mede de Sivrac inventou o celerífero - um cavalo de madeira com duas rodas, que se empurrava com um ou os dois pés - cujo nome é derivado das palavras latinas "celer" (rápido) e "fero" (transporte). Em 1816/17, o barão alemão Karl Friederich von Drais construiu a draisiana, espécie de celerífero, com a roda dianteira servindo de diretriz e gerando mobilidade através de um comando de mãos, que viemos a conhecer, mais tarde, como guidão. Por volta de 1938, a bicicleta toma outra forma, quando o ferreiro escocês Kirkpatrick MacMillan desenvolveu um veículo - que ficou conhecido como velocípede - de duas rodas dotadas de biela de acoplamento, montadas no miolo da roda traseira e acionadas por duas alavancas presas na estrutura principal. Em 1865, o francês Pierre Michaux incorporou pedais à roda dianteira do velocípede, sendo este o primeiro grande avanço. Por volta de 1880, outra mudança significativa foi introduzida pelo inglês Lawson, com a colocação da tração dos pedais sobre disco que, através de uma corrente, repassava o esforço para a roda traseira. Poucos anos depois, surgiu o câmbio de marchas, por Johann Walch, da Alemanha, o quadro trapezoidal, por Humber, da Inglaterra e, em 1891, os pneus tubulares e desmontáveis, por Michelin, da França. Essas últimas mudanças acabaram por construir a bicicleta com a forma aproximada da que ela tem nos dias de hoje.
No Brasil, não há pesquisas seguras quanto à data prevista da chegada ao país dos primeiros modelos de bicicleta. Presume-se que eles tenham surgido inicialmente na capital do império (RJ), entre 1859 e 1870, local onde se concentravam as pessoas com maior poder aquisitivo que mantinham relações com a Europa onde floresciam as primeiras fábricas de ciclos. Outro fato, por fatores de ordem econômica, é que a presença da bicicleta pode ter sido incrementada no fim do século XIX, quando vieram os primeiros migrantes europeus para o sul do país. Desde sua chegada, a bicicleta foi muito popular entre os trabalhadores, especialmente junto aos empregados de indústrias, de pequenos estabelecimentos comerciais e de serviços das grandes áreas urbanas.
Dados mais precisos mostram que a bicicleta tem origem por volta do ano de 1790 quando o conde francês Mede de Sivrac inventou o celerífero - um cavalo de madeira com duas rodas, que se empurrava com um ou os dois pés - cujo nome é derivado das palavras latinas "celer" (rápido) e "fero" (transporte). Em 1816/17, o barão alemão Karl Friederich von Drais construiu a draisiana, espécie de celerífero, com a roda dianteira servindo de diretriz e gerando mobilidade através de um comando de mãos, que viemos a conhecer, mais tarde, como guidão. Por volta de 1938, a bicicleta toma outra forma, quando o ferreiro escocês Kirkpatrick MacMillan desenvolveu um veículo - que ficou conhecido como velocípede - de duas rodas dotadas de biela de acoplamento, montadas no miolo da roda traseira e acionadas por duas alavancas presas na estrutura principal. Em 1865, o francês Pierre Michaux incorporou pedais à roda dianteira do velocípede, sendo este o primeiro grande avanço. Por volta de 1880, outra mudança significativa foi introduzida pelo inglês Lawson, com a colocação da tração dos pedais sobre disco que, através de uma corrente, repassava o esforço para a roda traseira. Poucos anos depois, surgiu o câmbio de marchas, por Johann Walch, da Alemanha, o quadro trapezoidal, por Humber, da Inglaterra e, em 1891, os pneus tubulares e desmontáveis, por Michelin, da França. Essas últimas mudanças acabaram por construir a bicicleta com a forma aproximada da que ela tem nos dias de hoje.
No Brasil, não há pesquisas seguras quanto à data prevista da chegada ao país dos primeiros modelos de bicicleta. Presume-se que eles tenham surgido inicialmente na capital do império (RJ), entre 1859 e 1870, local onde se concentravam as pessoas com maior poder aquisitivo que mantinham relações com a Europa onde floresciam as primeiras fábricas de ciclos. Outro fato, por fatores de ordem econômica, é que a presença da bicicleta pode ter sido incrementada no fim do século XIX, quando vieram os primeiros migrantes europeus para o sul do país. Desde sua chegada, a bicicleta foi muito popular entre os trabalhadores, especialmente junto aos empregados de indústrias, de pequenos estabelecimentos comerciais e de serviços das grandes áreas urbanas.
Boa noite,
ResponderExcluirnao sou contra o meio ambiente.. mas ate quando vamos continuar com os constantes acidentes envolvendo ciclista na nossa cidade? ... o projeto da prefeitura nao preve uma degradação ambiental, mas sim.. uma evolução que é normal em uma sociedade que esta crescendo.. projeto esse que não tem o impacto na magnitude descrito no texto acima.. essa é apenas a minha opinão.. e como todos sabem, cada um tem a sua.
Joao Paulo Campos.