"Os seres humanos nascem ignorantes, mas são necessários anos de escolaridade para torná-los estúpidos."

George Bernard Shaw, dramaturgo irlandês (1856-1950)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cientistas preveem ano com recorde de temperaturas

Por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA constatou que os primeiros meses de 2010 foram os mais quentes já observados e prevê que teremos um novo pico na média histórica talvez superando todos os registros desde 1880.

A previsão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) para 2010 não é boa. Assim como os dois anos mais quentes na história, 1998 e 2005, este ano começou sob o forte efeito do fenômeno do El Niño e se seguir a tendência apontada por esses primeiros meses, chegaremos em dezembro com um novo ano recorde de aquecimento global.

Nesses cinco primeiros meses de 2010, temperaturas acima do normal se fizeram sentir principalmente no leste da América do Norte, Brasil, Europa e Rússia, no sul da Ásia e na África equatorial. Segundo o NOAA, o planeta está passando por seu período mais aquecido já registrado.

Além de projetar que viveremos o primeiro semestre mais quente da história, o NOAA constatou que este maio foi o mais quente já registrado, assim como também foi o outono no hemisfério sul - primavera no hemisfério norte (março ao fim de maio) -, com a mais alta média de temperaturas.

Maio esteve 0.69°C mais quente que a média registrada desde 1880. Já para o período referente ao nosso outono, a temperatura esteve 0.73°C acima do padrão. Como um todo, o ano de 2010 está 0.68°C mais aquecido que a média histórica.

O NOAA realiza relatórios periódicos sobre a temperatura global e para isso utiliza uma rede de coleta de dados que cobre praticamente todo o planeta. Dessa forma consegue construir previsões que estão entre as mais confiáveis disponíveis.

Fator Homem

Apesar de vários fatores naturais, como o já mencionado El Niño, serem fundamentais na composição da temperatura do planeta, uma parte desse aquecimento também é de nossa responsabilidade.

Um artigo publicado nesta semana no Proceedings of the National Academy of Sciences (NAS) analisou o trabalho de 1372 pesquisadores climáticos e concluiu que a noção de que as atividades humanas estão impulsionando o aquecimento global é um consenso entre a comunidade cientifica.

Para a Presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, Suzana Kahn, a ação do homem deve provocar o aumento da temperatura mundial antes do previsto por especialistas. Se a emissão de dióxido de carbono (CO2) continuar na progressão atual, o planeta vai ficar 2°C mais quente em apenas 20 anos.

“Dois graus é o limite para termos alterações climáticas ainda suportáveis ou adaptáveis, baseadas nos recursos atuais de tecnologia”, alertou Suzana durante o Fórum Ambiental do XII Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), no começo de junho.

A conclusão que se pode chegar é que temos que fazer tudo ao nosso alcance para frear o aquecimento global, pelo menos na parte que cabe à humanidade, mas é fundamental que os governos se preparem para ajudar às populações para as mudanças climáticas e ambientais que invariavelmente acontecerão.


domingo, 20 de junho de 2010

Remanescentes de Matas de Ilha Solteira - SOS MATA ATLÂNTICA

Remanescente de Matas em Ilha Solteira

O “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica” é fruto de um convênio pioneiro - originalmente estabelecido para a elaboração do mapeamento do bioma - firmado em 1989 entre a Fundação SOS Mata Atlântica, uma organização não governamental, e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), um órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. Desde então, as duas organizações trabalham juntas com o objetivo de determinar a distribuição espacial dos remanescentes florestais e ecossistemas associados da Mata Atlântica, monitorar as alterações da cobertura vegetal e produzir informações permanentemente aprimoradas e atualizadas do bioma.

Para Ilha Solteira, período de 2008-2010, os dados foram o seguinte:

- Área da Lei da Mata Atlântica (Lei Federal 11428/2006), que determina a extensão do Bioma Mata Atlântica, que incluem diferentes fitofisionomias, neste caso o município tem uma área de 65.688 ha.

- % do município com Mata Atlântica: 100%.

- Floresta (mata - semidecídual): 1.007.

- Decremento: 6

Fonte:
Fundação SOS Mata Atlântica
Rua Manoel da Nóbrega, 456
04001-001 São Paulo, SP
Tel.: (11) 3055-7898
Fax.: (11) 3885-1680
E-mail: fsosma@sosma.org.br
http://www.sosma.org.br

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
Av. dos Astronautas, 1758
12227-010 - São José dos Campos, SP
Tel. (11) 3945-6454
Fax. (12) 3945-6460
http://www.inpe.br

quarta-feira, 16 de junho de 2010

MEIO AMBIENTE & AÇÃO

Ilha Solteira - Ipês floridos no balão - zona norte

Por
Gustavo C. Barboza* e Marcela P. dos Santos


Nos dias atuais o meio ambiente tem preocupado grande parcela da sociedade, principalmente pelas mudanças provocadas pela própria atividade humana e estão se conscientizando de que os recursos naturais são finitos e que se não for preservada o futuro do planeta e até mesmo dos seres vivos estarão ameaçados.

Existem várias definições para o termo, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA )é referido como “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” ou seja,. é o lugar em que vivemos, muitas vezes chamada de natureza, e do qual dependemos para a nossa sobrevivência.

No entanto, o meio ambiente não é o lugar que nos “cerca”, mas é o local onde estamos inseridos ou dele fazemos parte como qualquer outro ser que nele está inserido, tanto quanto a fauna e a flora, bem como a água, o ar, o solo (fatores abióticos e bióticos). E ainda, temos que adicionar ao termo meio ambiente a cultura humana, ou seja, seus paradigmas, valores filosóficos, políticos, morais, científicos, artísticos, sociais, econômicos, religiosos entre outros. Tudo isso está interagindo num processo, formando uma grande rede de interações.

No dia 5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, que por meio de seminários, congressos e conferências são discutidos vários temas sobre o meio ambiente, aquecimento global e desenvolvimento sustentável, em várias partes do mundo. Mas temos que lembrar que o meio ambiente precisa de ação. Não adianta sair dessas palestras e jogar lixo no chão, é necessário quebrar paradigmas, compreender que os elementos se encontram em estreitas dependências e influências recíprocas.

A demanda global dos recursos naturais deriva de uma formação econômica cuja base é a produção e o consumo em larga escala que propicia a concentração da renda, não impede o aumento da miséria e da fome. A lógica, associada a essa formação, que rege o processo de exploração da natureza hoje, é responsável por boa parte da destruição dos recursos naturais, como por exemplo, a questão do desperdício e/ou poluição da água.

Alguns temas são tratados nas escolas, principalmente dentro da disciplina de Biologia, como a Educação Ambiental, que se caracteriza por incorporar as dimensões sócio econômica, política, cultural e histórica, considerando as condições de cada comunidade, onde os alunos estão inseridos e fazendo parte do ambiente. Assim, a Educação ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente, as interações entre os elementos, visando a utilização consciente dos recursos, para manter e preservar para as futuras gerações.

Uma frase elaborada por Albert Einstein resume muito bem os problemas enfrentado pela humanidade frente aos impactos ambientais, marcados pelas catástrofes, “ A natureza não sabe se defender, ela apenas se vinga”.

*Biólogo e mestrando em Agronomia da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Ilha Solteira

Fonte: Jornal Notícia 23, pag 2, 16 de junho de 2010.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Pôr -do-Sol na Ilha

Ilha Solteira considerada uma Estância Turistica e que apresentam potencialidades ambientais, que podem trazer benefícios para o município de forma sustentável.

Sobre desenvovimento sustentável...vale a possibilidade de que tal discurso tenha sido assumido, simplismente, para criar um consenso sobre uma forma de desenvolver, mas que na prática é viabilizada dentro do discurso anterior, ou seja, muda-se o discurso ou o regime para não se perder o poder (Arraes, 2000)

Através dessas imagens podemos observar um pouco do potencial turístico de Ilha Solteira.

Pôr-do Sol - lago artificial da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira

Pôr-do-Sol - a jusante da usina e nas proximidades da ilha que deu o nome a cidade.

Bibliografia:

ARRAES, N. M. Desenvolvimento sustentável e a participação popular nos processos de agenda 21 local brasileiros. Tese de Doutorado-UNICAMP. Campinas,2000.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Registro fotográfico: Ilha Solteira no passado











Observe ao fundo desta foto a ilha que deu o nome a cidade de Ilha Solteira.

Fotos obtidas durante a construção da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, no Rio Paraná - década de 60.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Vivemos numa ilha, mas não estamos ilhados.


A Semana de Meio Ambiente sempre realizada nos dias que antecede o dia 5 de junho – quando se comemora em vários municípios brasileiros e pelo mundo o evento em comemoração ao Dia Mundial de Meio Ambiente.

Esse dia foi criado pela Assembléia Geral das Nações Unidas reunida em Estocolmo em junho de 1972, com o objetivo de estabelecer uma visão global e princípios comuns que sirvam de inspiração e orientação à humanidade, para a preservação e melhoria do ambiente humano através dos 23 princípios enunciados em uma declaração.

Comemorado anualmente desde então, o Dia Mundial do Meio Ambiente, chama a atenção e ação política da População, Municípios e Estados para aumentar a conscientização e a preservação ambiental. Em Ilha Solteira a Prefeitura municipal realizou toda uma programação com palestras e exposições de escolas municipais e estaduais, uma data de comemoração que não pode ser esquecida. Entretanto, as ações devem continuar nos 365 dias do ano e toda a população ilhense devem participar e cobrar dos tomadores de decisão as ações em prol do Meio Ambiente.

Devemos cuidar dessa cidade como se fosse a nossa própria casa e não ficar ilhado dentro da sua casa e/ou dentro do gabinete, pensando que os problemas ambientais são do vizinho ou da prefeitura municipal. Vivemos numa Ilha, mas não estamos ilhados! A nossa ilha apresenta uma arborização excelente, ainda que ausente nas vielas e que foram substituídas pela modernidade.

De acordo com o Plano Diretor (2007), a Organização das Nações Unidas recomenda para cada habitante das áreas urbanas que são necessários 12 m2 de área verde. O conjunto das áreas verdes de Ilha Solteira no interior do perímetro urbano efetivamente consolidado somam 517806,477 m2 , portanto 21 m2 por habitantes, bem acima do que recomendado pela ONU. Isso tudo não significa que devemos ficar tranqüilo e abandonar as ações ambientais, isso é um exemplo que da para ser melhorado e incrementado na qualidade ambiental do município.

O importante é aumentar o número de áreas verdes na área urbana e a recomposição de espécies arbóreas dos córregos e reservatório do município. Novamente o Plano Direto (2007), considera que dos 659 km2 da área do município, apenas cerca de 1% (7 Km 2) ainda conserva suas características originais e considerando que 20% do total das áreas deveriam ter sua cobertura vegetal recomposta e como resultado uma área total de 124 km2 de áreas de recomposição florestal. A missão recomendada é o plantio de 16.616.00 mudas de espécies nativas arbóreas a razão de 1340 unidades por hectares e não a poda destrutiva das árvores ocorridas na proximidade do córrego Sem-nome.

A idéia é promover a informação dos problemas ambientais e capacitar os moradores desta Ilha a se tornarem agentes ativos do desenvolvimento sustentável. Promover a compreensão de que é fundamental que a população mudem atitudes em relação ao uso de recursos e das questões ambientais e advogar parcerias sérias e de responsabilidade socioambiental com todos os seguimentos da sociedade.

Por isso, não vamos ficar ilhados na opressão e devemos preservar a Ilha em benefício das gerações atuais e futuras, mediante um cuidadoso planejamento ou uma administração adequada em relação a nossa casa “Ilha Solteira”.